sexta-feira, 24 de julho de 2009

Bacon e o conhecimento

Esse primeiro ensaio de Bacon já nos mostra o caminho da sua filosofia, a filosofia da mente, o conhecimento experimental acima das ilusões das letras ou palavras, um homem é representado pelas suas experiências, pelo seu viver e não pelos saberes de outrem. Só é real o que sabemos por experiência, o que vem dos outros pode ser manipulado pela nossa mente, portanto poderá ser apenas sombras e não realidade.
O prazer advém do intelecto, ele que comanda os sentidos e nossas opções de afetos ou repulsa, é a nossa mente que comanda as reações físicas ou emocionais, o prazer está no conhecimento da mente, em saber separar o joio do trigo, em optar pelo prazer comedido e dócil ou pelo extravagante e indócil.
O mundo real pode ser deformado pelas ilusões, pelas sombras, pelos reflexos de espelhos, enganado a mente se a mesma não tiver a astúcia e o conhecimento para separar a realidade das sombras da ilusão.
O homem pela sua natureza costuma interpretar e formar figuras ao bel prazer de suas necessidades, fugas, tormentos, ansiedades e angustias. Faz-se necessário um conhecimento, um saber maior que possa conduzir as figuras e formas mentais para o caminho da realidade.
A felicidade não está naquilo que por vezes os homens acreditam ser a realidade, não reside nas ilusões que a vida apresenta, para sabermos qual a verdadeira felicidade necessitamos do conhecimento, da verdade, do saber entender a natureza e conviver com ela de forma harmônica.
A natureza é evolutiva tal qual o homem, ela se apresenta de forma a suprir o homem nas suas necessidades, a natureza sem o homem perde sua utilidade e o home sem a natureza perde a sua existência. Ambos devem coexistir pacificamente buscando o beneficio mútuo e os ensinamentos evolutivos que estão a disposição do intelecto humano, basta saber compreender as formas que se apresentam, no dia a dia, da existência do homem na sua morada gaia e no seu fornecedor de subsistência, a natureza.

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