Marina a opção dos sem opções.
A candidata Marina Silva, elevada a tal grau por uma
fatalidade, está contribuindo para acabar com a polarização na decisão de votos
para a Presidência do Brasil, polarização que é do interesse tanto de partidários
de Dilma como de Aécio, pois ambos primam pela máxima romana, “dividir para
conquistar”, afinal não estão muito longe um do outro na questão de seus
interesses pessoais e de seus grupos. Essa assertiva é de fácil verificação
bastando procurar em ambos os grupos se alguém realmente se opõe veementemente
contra os desmandos e malfeitos de seus oponentes.
Marina muito sabiamente usou o nome Rede para seu grupo,
pois vejamos, uma rede é constituída de diversas ligações que tem por objetivo
a sustentação do todo que à contém, a rede é na realidade a representação do
pensamento complexo da causa, efeito e solução, pois se agirmos nas as causas
prevendo e administrando seus efeitos chegaremos a real solução dos problemas,
o que se chama comumente de vontade política. E vontade política é o que nenhum
político gosta de realizar, pois, uma vez realizada perde-se o manancial de
votos dos esperançosos em que seus problemas sejam resolvidos.
Todo ato de votar inclui a necessidade de escolher entre
várias consequências possíveis. Essa escolha deve basear-se, por sua vez, numa
preferência. Escolhemos Marina porque
a preferimos pelas suas consequências a Dilma ou Aécio. Marina é preferível
porque nos apresenta com um comportamento mais digno, mais elevado moralmente
ou, em poucas palavras, mais valioso. E, por conseguinte, deixamos de lado
Dilma e Aécio, porque se nos apresentam como propostas menos valiosas ou com
valor moral negativo. (Conforme nos ensina Adolfo Sánchez Vázquez, Ética,
Civilização Brasileira, Rio de Janeiro, 2003, p.135).
Mariana é a opção dos que estavam sem opção, ou não
votariam ou como diz o nosso Policarpo Quaresma(Lula) da atualidade, “Mesmo que
não goste vote na Dilma”, ou como diz a turma do Aécio, “Mude por mudar”, mas
propostas e soluções inovadoras nenhum apresentam e nem querem, pois são
produtos da mesma máquina, continuidade do poder é a tônica de ambos,
companheiros unidos nos interesses mútuos serão eternos e os que pagam impostos
também o serão e viva as elites que dominaram a máquina(de gastar dinheiro do
contribuinte) pública. Prometer é obrigação, cumprir é opção, isso define as
políticas propostas de Dilma e Aécio.
Marina representa os anseios daqueles que já acreditaram
em PT e PSDB e sentiram na carne, no bolso, na indignação, o que representam
essas duas correntes da vida pública brasileira. Marina é a esperança dos que
estão sem opção, logo, é a solução para os sem candidatos. Riscos existem, mas
entre as propostas e soluções do PT e PSDB e seus agregados que em nome da governabilidade
(uma forma de agradar aos apoiadores), sem oposição real, ficamos com o risco
de mudanças, afinal, pior do que está não vai ficar.
Marina não é a salvação do Brasil mas pode aliviar e
muito nossas angustias de um país sério, com dignidade e principalmente com
crescimento sustentável, sem bolivarianos ou neoliberais. Com Marina o Brasil
pode recuperar internamente sua autoestima, hoje em baixa, Marina não vai num
passe de mágica resolver todas nossas mazelas, mas podem ter a certeza que vai
encara-las e com sabedoria tentar ameniza-las e principalmente vai recuperar a
oposição da sua letargia e submissão (passiva ou ativa) a que vem se submetendo
nos últimos anos. Teremos verdadeiros opositores e não os fantoches atuais, com
raras exceções.
Marina representa todos os eleitores brasileiros que
ficaram sem opções entre a polarização, os discípulos da velha política
esqueceram da terceira via, que no real pode e será a via de fato pelo bem do
Brasil, da democracia, da liberdade de expressão, da vergonha na cara, da
pluralidade de ideias, do bem estar comum, da confiança no ser humano, na
intercomunicação entre os diferentes, enfim, que viva a rede e que ela teça
seus fios com todos os brasileiros.
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